quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Caminhadas com água ao fundo

Há coisas que se foram perdendo, como é normal. Os tempos são outros, os hábitos diferentes.
Durante anos íamos a pé até à Barragem, pelo menos parte do caminho. O prémio era um mergulho na água lamacenta, e num ou outro ano, a procura de lagostins. Hoje, a qualidade da água limita os mergulhos.
Foi durante estes passeios que muitas das amizades foram cimentadas. Era uma caminhada, mais ou menos longa (dependia do número de carros, da vontade de ir a pé), sempre acompanhada de bom humor, muitas cantorias (Fui à loja do Mestre André..., O Carro do meu chefe tem um furo no pneu...) e umas olhadelas aqui e acolá ao sexo oposto. Aliás, a distância percorrida dependia em muito de quem nos acompanhava.
Saíamos pelo ABS, há direita e fazíamos aquele caminho a pé até à estrada. Em frente da saída da estrada de areia, havia uma fonte (entretanto o terreno foi delimitado pelo dono). Aí bebíamos a fresca água, e nos acampamentos de crianças fazíamos jogos de roda (Jacob e Raquel, Pisca, Lencinho, etc).
Todas estas actividades eram proveitosas e explicam a fisionomia mais delgada de muitos dos intervenientes na altura. Hoje, e eu sou uma das provas, estão naturalmente mais flácidos. O que não é difícil, vamos de autocarro até às piscinas (uma alegria, o ir de autocarro e a possibilidade de ir às piscinas) e, durante ou após os banhos, comemos os belos croissants. Como não ficar mais flácido?
Mas, são estas pequenas recordações que nos levam àqueles anos. Eram tempos melhores? Eram diferentes. Estamos a falar de mentalidades diferentes, mas também de possibilidades diferentes. Isso altera o espírito dos campistas? Nem sempre. E isso é o melhor.
Mas as saudades? Essas continuam lá!
Um abraço.

4 comentários:

Kella disse...

Acho que querias dizer "Jacob e Raquel"...

zarah disse...

a quem davas tu as olhadelas, hem? eheh

Consigo sentir o cheiro da água da barragem e lembrar de como ficávamos cheios de terra depois de uma ída até lá

Rafael Ortega disse...

Ó Tiagão duvido que seja só pela falta das caminhadas e pelos croissants que se acumulam uns kilinhos.
:)

Rute Carla disse...

Outros tempos, sem dúvida! e apanhávamos amoras... E fui muitas vezes a correr at´á barragem com o meu irmão, Paulo nunes e Paulo Mário. Outras vezes voltávamos sem chinelos... com a Shana, Lipe, Paulo Mário e a pé... até apanharmos boleia de um esconhecido. E a sexta feira... o dia td na Shell com o famoso frango assado...