sábado, 22 de dezembro de 2007

Parece-me que este blog está a perder a um pouco da sua "essência"....de vez em quando gosto de passar por aqui e ver o que se vai escrevendo, e alguns comentários têm-me deixado alguma tristeza. Afinal, “Recordar o ABS” é «o blog onde 365 dias por ano vamos recordar porque é que gostamos do ABS e porque é que queremos lá voltar para o ano». Então porque não respeitar a opinião de cada um? Há sempre algo que toca uns e não toca outros, que uns acham interessante outros acham uma grande seca....
Assim sendo, (como isto anda um bocadinho esquecido...) resolvi finalmente escrever porque é que quero lá voltar para o ano que vem.
Não faço a mais pequena ideia de quando comecei a ir ao ABS, nem me lembro muito bem dos primeiros anos de campista. Mas há de certo algo que nunca esqueci, foi o carinho que tenho pelas pessoas. O que me faz pensar, que realmente não gosto do “ABS”, mas sim das pessoas que lá vão, e que lá estão ano após ano, algumas que como eu também começaram a ir, sem ainda terem noção do que se passava à sua volta.
Este ano conheci alguém, que nos perguntava muita vez o que o ABS tinha de especial e dizia que as condições não eram das melhores. E por isso, tive de pensar numa resposta e logo tentar descobrir como explicar a alguém, que ia ao acampamento pela primeira vez, porque é que o ABS é tão especial. O que é realmente difícil! Não é algo que se explique, simplesmente porque o ABS são pessoas (para mim), e não se explica a forma como elas nos tocaram, como nos ajudaram a crescer na Fé, como nos alegraram, como nos mostraram carinho, como foram amigas e amigos, irmãos e irmãs na Fé, como proporcionaram tantos momentos divertidos, ou o quão é bom vê-las depois de um ano inteiro e passar uma semana na sua companhia.
Para mim o ABS são pessoas que enchem o meu coração de alegria, e que me fazem pensar e sentir o quão bom é pertencer a esta família, à família de Cristo! E por isso aqui está algo que por outras palavras expressa o que sinto e o que disse:

Como é precioso irmão, estar bem junto a ti
E juntos lado a lado, andarmos com Jesus
E expressarmos o amor que um dia Ele nos deu
Pelo sangue do calvário, sua vida trouxe a nós.

Aliança do Senhor eu tenho contigo
Não existem mais barreiras em meu ser
Eu sou livre pra te amar e para te aceitar
E para te pedir perdoa-me irmão

Eu sou um contigo
No amor do nosso pai
Somos um no amor de Jesus

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Do acampamento de crianças de 2007

Da semana de crianças fiquei com uns pequenos pedaços de papel com versículos muito interessantes.

"Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus" Romanos 3.24

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Tive cá uma ideiazinha...

Estive a pensar de mim para eu e cheguei a duas conclusões: pensar cansa e estou muito cansadinho (mas não é só de pensar...). Afinal a universidade pode obrigar a muito trabalho. As próximas duas semanas vão ser para deixar toda a gente de rastos. Começou ontem com um laboratório de sistemas digitais, sabado tenho teste de cálculo, quarta de algebra (alguém sabe alguma coisa de bases de R3? Não? Juntem-se ao clube). Logo asseguir ao teste de algebra há na quinta laboratório de programação, sabado teste de quimica (do qual não sei quase nada, que vergonha...). Segunda há teste de sistemas digitais e quarta laboratório da mesma cadeira. Uff! Cansa só de pensar.
É por isso que eu pensei que era muito bom um abs de natal! para descansar! e como o tempo tá todo maluco ainda dava para ir as piscinas! não era giro? fazer as decorações de natal e depois ir dar um mergulho? e tar descansadinho sem nada para fazer! não sei o que isso é à montes de tempo...
é pensar nisso um abs de natal! sair do último teste e apanhar o expresso para ponte de sor! estar meia dúzia de dias sem me sentar naquelas cadeiras de pau do técnico (caramba deviam mudar as cadeiras, aquilo já era velho quando os meus pais la andaram!) isso sim era uma coisa de valor.
e descansar! a próxima pessoa que me disser que os universitários so fazem festas e tal há-de ouvir das boas!
pensem nisso abs de natal!!!!!!

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

À espera da fotografia



=P

melhores momentos 2007



Para mim...um dos melhores momentos do ABS 07.
(Desculpem a qualidade)

terça-feira, 23 de outubro de 2007

sítio favorito dentro do sítio?!

Hum... Pois João... realmente é complicado escolher. Cada cm de espaço esconde uma história (ou muitas). Literalmente. Vou só enumerar alguns.
A entrada, por me lembrar a ansiedade e a expectativa de mais uma semana.
O salão, pelos motivos óbvios. Ponto de partida de questões, dúvidas, crescimento, transformação.
O refeitório, palco de refeições (das mais normais às mais extravagantes!) e não só... as incontáveis noites das brincadeiras, as noitadas dos monitores para preparar material para o dia seguinte e para conversar, orar, rir aparvalhadamente, cear.
O "merry-go-round" (Desculpem-me. Alguém sabe o nome em português daquela coisa que andava à volta, com bancos, em ferro?) que já não existe há muitos anos. Lembro-me de, com uns 8 ou 9 anos, ter andado à volta com um certo rapazito que me falava de gambuzinos e sei lá que mais. Foi uma paixoneta naquele ano longínquo.
Os baloiços, pelas conversas que guardam e pelos desabafos.
Aquele arco do parque em especial, onde o Tiagão me perguntou pela primeira vez se queria ir à noite de gala com ele. lol
O muro ao pé do campo de futebol, onde tomei uma decisão difícil com a ajuda da Sis.
O sombreiro, onde aprendi a jogar ping-pong com o Filipe Maia.
Aquele pinheiro, fora dos muros, depois do parque, onde (com mais alguém que não me lembro quem, mas provavelmente a Nádia) sentadas, orámos e cantámos entre outros corinhos, o "Renova-me".
Aquela noite em que viemos para o telhado (a Nádia, a Filipa Guerra e je) com os sacos-cama, para olhar as estrelas e conversar.
Os quartos, também palco de tantas conversas e noites em claro

E etc... Podia continuar até ao fim da semana...

Quero ouvir do resto do pesoal! Acho que há sempre as coisas comuns a todos os que amam aquele lugar.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

já agora obrigado

até parecia deselegante da minha parte não agradecer o convite que me foi feito para contribuir "escritamente" para o blog...

então cá vai: obrigado :)

coca-cola? não, RC Cola...

pessoal quem é que ainda se lembra da RC Cola? =)

finalmente

finalmente ganhei "coragem" para escrever aqui.

sinceramente não sei bem por onde começar, visto que muiuta coisa há a relatar sobre o abs.

dizer que os gambuzinos já deram muitas histórias que contar... ou que o Ti Pedro foi alguém marcante na vida dos acampamentos... ou que poucos são os que sabem o que é o abs, o verdadeiro abs...

os tempos são outros mas aquele recanto do mundo é um marco na minha vida... são quase 20 anos de campista e creio que nada pode ser tão emocionante que passar aquele portão...

dizer que o portão já deu inspiração a serenatas faz-me ir para as escadas que dão acesso aos quartos que por sua vez dão acesso às camas... antes das escadas há o refeitório; é claro que para haver refeitório tem de haver cozinha, e muitas foram as noites em que eu juntamente com ou o isaac, ou a nádia, ou a raquel, ou a marta, ou o rui, o a mireille, ou até mesmo com a fernanda, procuravamos no frigorifico as sobremesas que tinham sobrado (pudins, arroz doce, leite creme, etc)... o salão de cultos; o parque; o sombreiro; o campo de futebol...

sinto um arrepio por causa de algo que aconteceu há uns anos: o incêndio que alastrou aquela zona... vêr a providência de Deus ao proteger aquele lugar, faz uma pessoa pensar que ali está um lugar importante para a obra de Deus; muita gente teve o seu encontro com Deus naquele lugar...

há que preservar tamanho tesouro...

Resposta seguda de gambozinos

Epá, JP! Perguntas difíceis.
Alguns saberão que tenho família em Montargil e Ponte de Sôr. Daí que de vez em quando, sempre que tenha um minutinho extra, aquando de uma dessas visitas dê um pulinho ao ABS.
Só para ver o sítio, para me sentar no baloiço, olhar para a laranjeira do parque e ver se há lá alguma coisa, mesmo que verde e azeda.
Sítios favoritos são complicados de escolher, mas lembro-me sempre do parque e dos arcos do mesmo. Muito do tempo livre nos ABS foi passado ali, sentado ou nos baloiços ou no escorrega, ou ainda nos arcos.
Mudando de assunto. Os gambuzinos serão uma das brincadeiras mais antigas do ABS. Lembro-me de me tentarem convencer ir aos gambuzinos ainda criança, e eu fui, mesmo sabendo (como bom alentejano e filho de alguém que também foi ao ABS) o que eram os ditos cujos.
Lembro-me de um ABS Crianças em que pela noite adentro os monitores (eu incluído) escolhemos alguns dos campistas mais velhinhos para irem aos gambuzinos.
Estou a ver o Dani, por mais de uma hora e meia, no espaço em frente do portão principal, de saco na mão a dizer: Gambuzinósaco, gambuzinósaco.
E nós a rir, despreocupadamente, como despreocupadamente atirávamos pedras, no meio da escuridão, para perto dele. "Estão aqui uns, dizia ele".
Até que uma pedra caiu mais perto dele e ele viu o que era claramente.
E vocês? Foram alguma vez aos gambuzinos?

sábado, 20 de outubro de 2007

Existe um espaço mais especial?

Cumprimentos a todos, a malta (incluíndo eu) tem de ver se escreve mais... (sem contar com o Tiagão, ele é que põe isto a funcionar!!!).



Esta pergunta pode ser um bocado abrangente, mas gostava de saber se, dentro do espaço tão especial que é o ABS, existiria um local que tivesse marcado a vida de alguém de maneira especial.

Para mim, além do óbvio salão de cultos, é a entrada do mesmo, pois foi aí que tive o primeiro contacto com os jovens do acampamento. Era um certo tipo a tocar na guitarra (não muito mal, diga-se) a música da Adriana Calcanhoto, aquela do "aqui sem você", e de repente pára para dizer uma piada com um ligeiro grau de "engraçadez", o que despoletou uma gargalhada geral entre os ouvintes da tal balada.

Mas esperem, o refeitório também tem coisas engraçadas, como as famosas sopas. Ah, e o local da bandeira, onde além de ver-mos os símbolos do nosso país e do acampamento, cantamos o famoso hino. E depois há os baloiços. Isto afinal é complicado... escolher algo de um sítio tão maravilhoso.

Abraços!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Recordar

O ABS são também as pessoas.
Dificilmente me recordarei de um (dos) ABS sem ter alguma ou algumas pessoas na retina memorial.
Do Valdemar e da Mª José num ABS de Crianças, de algumas monitoras quando era pequeno (eu a queria ir-me embora com a minha Tia Rosa como monitora), do Irmão Bernardino e da Irmã Carmelinda, do Pedro Silva (claro!), da Maria José na cozinha, da Prazeres e obviamente da Noémia. Há tantas pessoas nesta coisa chamada memória.
Ando para aqui há uns tempos para escrever sobre o Ti Pedro.
Mas tudo o que escrevo apago. Fica sempre aquém. Como é que um velhote ficava tão bem na fotografia, i.e. marcou tantos jovens com a sua boa disposição, com as suas quadras, com a sua presença?
Lembro-me de um ano, num retiro, ter ficado num quarto que não se portou, digamos, muito bem. Dormimos pouco, fizemos muito barulho e conversámos a noite quase inteira - dormimos 2 horas. Pelas 5h30/6 da manhã fomos a um dos quartos e lá estava o Ti Pedro, já acordado, que ao nos ver levantados convida-nos a nós, e aos membros do quarto que entretanto acorda para irmos cantar o Hino Nacional enquanto vemos o sol nascer...não, não foi ninguém, mas não foi por falta de vontade do Ti Pedro.
Lembro-me de alguém pintar a cabeça do Ti Pedro com um baton, numa das brincadeiras. E ele ali, com um sorriso enorme, pronto para a brincadeira.
E sempre pronto a contar histórias.
Não sei convosco, mas de vez em quando olho para as cadeiras em frente do refeitório, e quase que espero vê-lo ali sentado, com o cajado na mão.
Até já, Ti Pedro.
(Tenho uma foto para colocar, mas não sei se a família se importará. Alguém que diga. alguém da família)
Vocês, lembram-se do nosso Tio?

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Post Metalinguístico

alacrau
s. m.
lacrau;
fig.,
manhoso;
velhaco.


lacrau
s. m.
lacrau
do Ár. alakrab
s. m., Zool.,
escorpião.
Ictiol.,
- -do-mar: peixe teleósteo gadiforme, da costa de Portugal.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Lacraus

Hoje pouco se dão a ver, mas um dos animais que habitam por ali são os lacraus (uma espécie indígena de escorpião), menos letal, mas igualmente dolorosa.
Lembro-me de ver, há muitos anos, com curiosidade, espanto e temor um destes bichos apanhados não sei bem por quem e de o colocarem no chão no meio de uma roda de álcool e pegaram fogo ao álcool. O lacrau quando rodeado por fogo suicida-se, picando-se a ele próprio.
Lembro-me deste episódio porque tinha ao meu lado um inglês e o irmão Bernardino.
O Irmão Bernardino falava devagar para que o inglês o percebesse, segundo ele se o fizesse lentamente as palavras seriam entendidas pelo súbdito de Sua Majestade, eu já sabia o mínimo de inglês para saber que a estratégia não resultaria, mas o Irmão Bernardino não desistiu.
O álcool não teve o resultado esperado e o bicho foi morto à paulada.

Lembro-me de em 90 ou 91 uma campista ter sido mordida por um lacrau na barragem, e de aparecer alguém dali que lhe fez uma mezinha local com tabaco, cuspo e mais qualquer coisa. A verdade é que a dor foi mitigada.

A Mireille (salvo erro) também foi mordida, num Acampamento de Jovens na Barragem.

E finalmente, anos mais tarde, num Acampamento de Crianças tive um encontro imediato de terceiro grau que não esqueço.
Esperava pelos restantes monitores para a reunião quando senti algo no pé, bati com o pé no chão, mas o peso continuava lá e mexia-se. Olhei para baixo e vi o bicho a passear pelo pé, pouco defendido pelo chinelo. Não ganhei para o susto. Pontapeei o ar e o lacrau saiu dali deixando-me incólume.
Agradeci a misericórdia divina.

Felizmente hoje vão-se vendo cada vez menos os escorpiões alentejanos.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Recordar o Reencontro

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Post breve pk agora n tnh mto tempo...

Então pessoal? Parece que afinal o reencontro em Massamá foi divertido apesar de um pouco vazio. Eu não pude ficar lá muito tempo, mas agora que já não tou de castigo (BOA!) posso ir ao próximo reencontro durante mais de cinco minutos! Por isso não se esqueçam de me avisar com alguma antecendência porque, parecendo que não, dá jeito saber das coisas para aí uma semana antes... Não se esqueçam!!

sábado, 6 de outubro de 2007

Um Reencontro diferente...

2.41h da matina...Igreja Reformada de Massamá (Portugal)...Reencontro ABS 2007

Depois de um belo concerto dos Fundação (são os máiores!), estamos por Massamá, no Reencontro do ABS. Como somos muitos, a organização viu-se forçada a dividir-nos (por pena nossa) pelas casas do pessoal da igreja. Neste momento, e sem nada para fazer, conversa pra lá, conversa pra cá, acabamos a partilhar experiências uns com os outros, o que é muito bom visto que somos muitos e nem sempre há oportunidade para o fazer-mos.

Pois...pois...bem...continuando...prosseguindo...avançando...seguindo...bem agora é de vez...

Esperamos ansiosamente pelo dia de amanhã. Que surpresas nos esperam? O almoço não é de certeza porque a cozinheira de serviço já nos informou que foram encomendados 15 frangos! (será que chega para tantos esfomeados ?é sempre bom fazer uma dieta).

São 2.49 da matina e nós continuamos sem imaginação para escrever.
De momento o nosso amigo Luís já se encontra no seu terceiro sono, o que não faz grande diferença visto que somos um grande número de seres (há sempre várias maneiras de ver a coisa).

São 2.57...e do nada, esta máquina que pelos vistos tem vontade própria, decidiu descansar um pouco. Perdemos tudo o que já tinha-mos escrito até agora mas como somos muito teimosos, voltamos a acordar a máquina e lá nos pusemos a escrever tudo de novo. Entretanto recebemos uma mensagem da própria máquina a avisar-nos que ia apagar-se dentro de 5 minutos...e começou a contagem decrescente. Mas nós, como não nos deixamos vencer facilmente, voltamos a acordar esta máquina preguiçosa do seu sono e cá estamos nós a escrever novamente.

São 3.35 da matina...e nós...este conjunto infindável de alminhas...sem nada de jeito para dizer, decidimos por fim a esta inacabável conversa e revelar a verdade.
Bem...lá no fundo, mas mesmo lá no fundo porque a igreja fica numa cave, somos dois gatos pingados (sem contar com o Luís que já está a dormir. Logo somos 3) em frente a um monitor, a rir das coisas mais parvas que nos lembramos e a compartilha-las com vocês.
Até à próxima já que não puderam partilhar este momento maravilhoso (ou não) connosco!

Beijinhos e abraços e muitos palhaços

Jónatas Luzia e Lucas Nunes

sábado, 29 de setembro de 2007

Barragem

O episódio relatado pelo Isaac na Barragem ainda me faz pele de galinha.
Penso que terá sido no último dia, na 6ª Feira à tarde. As Piscinas de Ponte de Sôr eram uma inexistência e a barragem o ponto de frescura presente desde o início dos Acampamentos. Antes da água viscosa, mal cheirosa mas um pouco suja e com o chão cheio de pedras.
As idas a pé, nem sempre até ao fim, até à Barragem fazem parte da memória de muitos campistas (comer amoras quando as havia, beber água na fonte - agora num terreno delimitado e onde é impossível entrar, legalmente pelo menos).
Fomos para a Barragem e como sempre algumas das crianças e adolescentes queixavam-se da profunidade curta a que eram obrigadas a nadar. Um pouco mais afastada da margem encontrava-se uma prancha onde os que sabiam nadar tinham autorização para descansar um pouco ao sol.
Eu e outros brincávamos com uma bola.
Quando dei por mim, ou demos por nós, tínhamos 4 ou 5 campistas que pouco ou nada sabiam nadar a querer voltar da prancha - para onde tinham ido - atrapalhados e a agarrar-se ao pescoço de um único nadador.
Foi aflitivo. Lembro-me de eu tirar um campista (uma por acaso) , a Dora mais um ou outro e penso que o Mílton e mais alguém também participou na "festa".
Lembro-me de chegar perto da campista e ela "atacar" o meu pescoço. Senti os pés calcarem no chão, afinal estávamos perto da margem, e de pé, só com o braço fora de água, empurrá-la em direcção da terra.
Lembro-me do depois, que terá sido mais complicado. O pensar se tivesse chegado um pouco mais tarde, o tremer perante a difícil situação que tínhamos vivido, o querer estar sozinho (no meio de tantos campistas alterados), o irmão dela, no quarto à noite, a sonhar com o momento. A gritar o nome dela assustado.
Foi algo que nos marcou naquela semana. Já perceberam a pele de galinha?

O Morcego II - The untold story...

Em resposta ao pedido do Tiagão.

Esta versão do Milton expôs uma boa parte da história; com um ou outro lapso natural, visto que esta situação já remonta a mil, novecentos e troca o passo (97, talvez)... Quando eu ainda era um adolescente, no auge das minhas faculdades mentais, físicas, etc. Século passado, portanto!

Prólogo: Foi um ABS Crianças em que dormia no quarto que tem a janela para o parque. Janela essa que, nesse ano, não estava dotada de estores!
Como campista "velho" para um ABS Crianças e "pelos anos de casa" que já tinha, tive o privilégio de colaborar com o monitor do meu quarto em algumas saudáveis e aprazíveis brincadeiras! Estas (ficam para contar noutra história...ou não) levaram-nos a sair temporariamente do nosso quarto.
Com o calor que se fazia sentir naquele ano, era humanamente obrigatório as janelas dos quartos ficarem abertas durante a noite. Assim foi...

A Acção: De regresso das "aventuras", deparámo-nos com um vulto e um SCHLAK, SCHLAK pouco normal. Com os olhos a habituarem-se à escuridão, observámos a rapidez e agilidade de voo, a fisionomia do OVNI e não demorámos muito a perceber do que se tratava.
«E agora?», pensámos. Cansados, a primeira ideia que tivemos foi...chamar alguém para ter uma ideia! Os olhos esbugalhados do Tiagão (muito abertos mas destituídos de qualquer ponta de lucidez), bem como o seu balbuciar «Humm?... Humm?... Epá...epá!...» mostraram claramente que a nossa primeira escolha não fora a mais acertada.
No mesmo quarto do Tiagão (o da janela para as escadas) também estava a dormir o Timóteo Xavier (creio que também era monitor nesse ano). Ele respondeu ao chamamento e veio constatar o problema. Estupefacto, lembrou-se logo: «E agora?»
Após alguns momentos de conversa "de encher chouriços" sobre como é o animal entrara sem ser convidado, se seria mesmo um morcego, etc., o Milton decide prova-lo e acende a luz do quarto! O mamífero com asas aprende o que é o stress e desata a querer sair dali com voos picados, sem saber por onde tinha entrado... Razia às paredes, razia aos 2 campistas que lá dormiam, razia à porta escancarada...até que ZUM: vem direito ao corredor (a nós 3)! E nós ZUM, disparámos a fugir: Milton para as escadas, Timóteo para o quarto dele e eu para o do terraço. Naturalmente que encostei a porta para não ser seguido pelo tipo das asas. Pus-me à escuta e não ouvia nada... Momentos depois, ouço o Timóteo a chamar-me quase num sussurro e abro a porta, pensando que já tudo estaria resolvido, que o morcego já tinha saído pela porta da rua. Porém, apercebo-me que ele estava dentro do quarto dele, só com uma nesga da porta aberta (o suficiente para me ver) e pergunta-me «Estás bem?» Nem cheguei a responder! Estando à entrada do quarto, olho em frente e deparo-me com isto:

"Um rato com asas" a alta velocidade na minha direcção; um SCHLAK, SCHLAK em crescendo; o tomar consciência de que TENHO UM MORCEGO A VIR DIREITO A MIM!!! Reacção instintiva: fecho a porta mesmo no último momento. Tão "último" que o SCHLAK deu lugar a um estrondoso PAN, do mamífero a bater na porta!
Como devem imaginar, não saí do quarto enquanto o Milton e o Timóteo não me vieram buscar. Não voltava a arriscar abrir a porta "à fanfarrão"...

Epílogo: Na manhã seguinte apenas alguns ficaram a saber do episódio do morcego (não podiam saber todos, porque assim toda a gente também ficaria a saber quem eram os autores das "gracinhas" feitas). Todavia, com o tempo, o relato lá foi sendo divulgado.

Ainda assim, esta não foi a situação mais marcante desse acampamento! Ocorreu um célebre (pouco feliz, mas não completamente infeliz, graças a Deus) caso na Barragem de Montargil... Mas isso é outra história...

terça-feira, 25 de setembro de 2007

O Morcego

Se já pararam por momentos, à noite, no ABS já devem ter visto alguns animais. Longe vão os tempos dos lacraus, embora tenha um susto com um guardado, mas conseguimos ver, junto ao poste, os morcegos a voar e de vez em quando uma ou outra coruja.
Avançando, o Mílton já contou a história, ou melhor parte dela. Mas, contemos outra vez.
Não me lembro do ano, foi na segunda metade da década de 90, e estava no ABS como monitor.
Para além de mim, os monitores do sexo masculino eram, se mais algum havia que me desculpe, o Mílton e o Pedro Santágueda.
Penso que foi nesse acampamento que fizemos bacalhau assado à noite, e levámos chouriços, farinheiras e afins para assar depois da reunião de monitores. (Mas posso-me estar a enganar e pode ter sido noutro ano).


Lembro-me que dormíamos pouco e durante o dia não parávamos. Houve um ano que em duas semanas de acampamento perdi 7 quilos. Lá vai o tempo...
Na 5ª Feira ou 6ªF à noite levámos os putos para o quarto, fomos para a reunião e quando voltámos cada um de nós trancou a porta do respectivo quarto com um beliche. Todos nós?
O Mílton, não.
O Pedro foi primeiro para o quarto, eu fui à casa de banho, enfiei-me no quarto e barrei a porta com o beliche. Tava a pegar no sono, naquela altura em que abrir os olhos custa porque parece que não estamos lá, quando ouvi uns barulhos na parte de fora, o Mílton a bater à porta do Pedro, mas sem resposta.
O Mílton bateu à porta, ouvi-o falar de um morcego, anda lá ajudar-me a tirar o bicho dali. Disse-lhe que já estava a dormir, devo ter-lhe desejado boa noite e não me consegui mesmo levantar. O corpo estava a desligar.
No dia seguinte, sem saber se tinha sonhado ou não, perguntei-lhe pelo morcego.


A versão dele diz o resto, e eu já não ouvi os gritos, os risos, as portas...depois de quase uma semana de acampamento de crianças o corpo tinha desligado.
Mas...para ouvir mais um lado da história, resta esperar que o Isaac a preencha, já que ele era um dos campistas no quarto do Mílton.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Ora, muitos bons dias

Olá, por aqui?

Parece que estes tipos convidaram mais alguém para a equipa.

Como o Isaac referiu abaixo já há dois posts no meu outro blog (um deles) sobre recordar o ABS.

Tenho algumas coisas na manga, outras que não sei onde estão. Ao ver a letra da serenata andei à procura da primeira serenata que cantei (participei) aí por volta de 92, acho eu! Ainda não encontrei, pode ser que tenhamos sorte.

Há fotos que gostaria de colocar, mas tenho medo que as pessoas possam achar pouca piada a ver a sua cara na net sem terem dado autorização.

Vamos a ver o que o futuro nos guarda.

Para já, e porque me parece que há uma falha enorme neste blog, aqui fica a tentativa de a tentar apagar.
É disto (também) quando falamos em recordar o ABS. Este é o local, ou parte dele.

Quote

Espero que o autor ainda venha a fazer parte dos membros deste blog...

Até lá, vejam aqui e aqui!

Serenatas A.B.S. Jovens2006

Aqui estamos
Para cantar
Momentos simples,
P'ra relembrar!...

Já corri mundo
Sem encontrar
Lugar mais belo
Para sonhar!

Não quero acordar;
Eu sei, não vou deixar morrer
O que Deus nos fez viver!


Já estou a sentir
Saudade, de verdade...
Memórias sem ter fim!
A.B.S. não se esquece,
Foi Deus que fez assim.

--//--

Nesta noite em que as estrelas brilham mais
E o luar pede uma canção;
No sossego o coração sabe por quem bate,
Em ti vejo o amor de Deus!
És tu quem me traz pela manhã a luz
Num sorriso de encantar,
Neste lugar
Que faz sonhar
E onde o tempo pára!...

PS: Espero conseguir em breve colocar aqui os vídeos (ou só as músicas, já que não se vê nada: serenatas à noite filmadas com câmaras digitais...)

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Ouvi dizer...

ouvi uns zunzuns que o reencontro vai ser dia 5 e 6 de outubro. Não sei mais nada concreto, mas espero ver-vos todos outra vez! então até dia 5!

sábado, 1 de setembro de 2007

Um pouco cansado... mas ansioso para o próximo ano!!!

Antes de tudo, quero agradecer a Deus por mais um ABS e pelo convite para escrever no blog.
A semana de jovens correu bem, algumas coisas diferentes de outros anos, mas também com momentos que superaram as espectativas. É realmente um sítio único. As amizades que se fazem muito dificilmente serão passageiras, e cada ano que passa conhecemos pessoas novas com quem tanto aprendemos. E querem os tugas ir para o Brasil e para as Maldivas... francamente!!!
Cheguei hoje mesmo a casa, após ter estado três semanas afastado da civilização (por isto entende-se televisão, prédios, carros, etc). Depois do de jovens, ficaram uns quantos gatos pingados numa especie de Big Brother coladinho ao ABS. Foi engraçado o convívio dessa semana, sem contar que eramos obrigados a ver filmes lamenchas todos os dias (ideias da Marta, diga-se). Finalmente, esta última semana estive como monitor pela primeira vez na vida num acampamento de crianças e adolescentes e adivinhem aonde: no ABS, claro! Foi uma experiência deveras cansativa, os miúdos não se calam um minuto e muito menos estão quietos, uma pessoa não pode comer descansado e para acordá-los é um castigo. Mas é uma oportunidade singular para conhecer os adultos de "amanhã". Foi muito bom este tempo, espectacular. Como pode existir algo assim num recanto de Portugal?
Abraços para o pessoal e para aqueles que chegaram hoje, bom descanso!

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Hoje venho aqui

Estreio-me neste mundo dos blogs com este comentário!
Há um sentimento estranho que se abate sobre mim neste momento: não tenho jeito para exprimir o que penso, o que sinto...é-me extremamente difícil passar para meras palavras, letras acopladas que deixamos depois de premir uns botões (mituas veezs plea oderm eradra) aquilo que só consigo definir na minha mente!
Por outro lado, não fui capaz de resistir ao convite de (tentar) descrever de modo continuado o porquê do ABS ser tão especial para mim durante todos os meus 24 anos!... Qual o porquê daquele local ser tão fabuloso para tanta gente? Porque continua a ser?
Obrigado pela ideia e mais ainda pelo voto de confiança!
Só para terminar esta "posta de pescada", enquadrando-a, quero deixar aqui dois dos motivos pelos quais o ABS me marca profundamente: foi lá que conheci a mulher mais linda que conheço (sim, a Nádia) e Quem tudo concebeu!
Mas muitas mais razões ficam por contar... Até breve (ou não)

Detector!